Um passeio aleatório no Domingo por Alfama revelou-me um acontecimento feliz: uma cicloficina em pleno Largo de São Miguel. Os protagonistas eram cinco mariolas com menos de quatorze anos, ocupados em arranjar e afinar a bicicleta para uma amiga de brincadeira. Um deles parecia ser o mecânico-chefe petiz,  já que apresentava as mãos cheias de óleo e dava algumas ordens; ao seu lado, jazia aberta o estojo de ferramentas e atrás dele, alguns pneus em que alguns miúdos mexericavam.

Após publicitar a cicloficina do Regueirão e a que tem acontecido em Telheiras, cometi o erro de perguntar pela autorização para uma fotografia. Todos se recusaram. Talvez uma fotografia de surpresa tivesse resultado, e não tivesse provocado nenhuma interferência. Fica uma fotografia do estaminé dessa tarde num largo de Alfama em que a  capacidade da bicicleta como agregador comunitário ficou demonstrada.

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